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Canção do não tempo da lua – Mário Lago
O Centro Acadêmico da ECA está em período eleitoral, e nós acreditamos que esse pode ser um momento importante.
Mas acreditamos que esse momento só será importante se ele possibilitar que todos aprendamos a construir coletivamente – não só agora, mas tudo o que diz respeito ao CALC (Centro Acadêmico Lupe Cotrim) e à ECA.
E justamente para construir um centro acadêmico (que nunca está pronto, mas em constante construção) é necessária a participação de todos.
Assim, um centro acadêmico só faz sentido debatendo as questões do nosso cotidiano e criando espaços para que os próprios estudantes pensem em iniciativas para melhorar sua formação, sua escola, sua universidade e sua realidade.
Queremos construir um Centro Acadêmico que também discuta os assuntos que o movimento estudantil debate, mas que não abra mão de trabalhar com os problemas e as propostas para a ECA. O CA não pode ser meramente um prestador de serviços, mas um fomentador de debates, organização e movimentações. Para que isso aconteça continuamente, manteremos as reuniões ordinárias abertas à voz e voto de todos os ecanos.
Defendemos que o CALC deve estar próximo dos estudantes, e deve estar por dentro do que acontece na ECA. Consideramos que a avaliação de cursos deve continuar – e se ampliar para os cursos onde ainda não foi feita -, não só para medir o grau de insatisfação dos estudantes com seu curso, mas para fornecer instrumentos para nós debatermos nossos cursos com propriedade, para que possamos nos movimentar para melhorar nossa formação.
Mas a preocupação do CA não deve se restringir à sala de aula! Nos estágios somos obrigados a trabalhar mais do que o acordado e fazemos coisas que não contribuem em nossa formação, ou temos que cumprir infindáveis horas de estágio obrigatório, sem remuneração. O estágio deve ser acompanhado por um professor e deve ser uma complementação do nosso aprendizado – isso inclusive está na lei. Pretendemos realizar uma campanha contra os estágios que infringem a lei, exigindo que a ECA cobre as empresas pelo seu cumprimento.
Nossa formação e a universidade poderiam ser bem melhores se houvesse mais projetos de extensão públicos. Queremos estimular os projetos de extensão já existentes e fomentar a criação de novos projetos, criando espaços onde possamos aprender, ensinar e contribuir com aquilo que sabemos, para além dos muros da USP. Até porque a sociedade já paga para manter a universidade (com ensino, pesquisa e extensão), e não faz sentido que se faça uma pretensa extensão através de cursos pagos. Pretendemos debater essa questão com uma campanha contra cursos pagos na ECA.
É fundamental que a ECA, por estar em uma universidade pública, participe do debate sobre políticas públicas para as comunicações e artes. Pretendemos nos aproximar dos movimentos estudantis e de trabalhadores das respectivas áreas para dialogarmos mais com outras universidades e colocar a ECA no mapa dos debates nacionais, realizando atividades com a ENECOS, com grupos e coletivos de artistas.
Lutaremos pela democratização da USP, o que inclui eleições diretas para reitor (num primeiro momento), abertura de um processo estatuinte, livre, soberano e democrático para a reformulação do estatuto da universidade, maior representatividade dos estudantes e trabalhadores nas instâncias políticas e administrativas.
Nos empenharemos também nas lutas pelo fim da perseguição a militantes das três categorias e pelo acesso de pessoas de baixa renda à universidade por meio de cotas sócio-econômicas.
Somos contrários ao modelo de educação à distância proposto pelo governo estadual, materializado na Univesp, instituída da forma unilateral (com cores eleitoreiras), sem discussão com os alunos e com claras deficiências em seu anteprojeto.
E por entendermos que não adianta nos fecharmos dentro dos muros da universidade queremos realizar uma Semana de Movimentos Sociais que debata o papel da Universidade na sociedade, e um Núcleo Permanente de Gênero, aberto a todos, para discutir as relações entre os sexos.
Só com a participação de todos podemos tornar tudo isso possível, construindo um movimento estudantil democrático para lutar por uma universidade democrática – algo que só será efetivo numa realidade em que a educação não seja mercadoria – como cada vez mais está se tornando; numa realidade em que o lucro não esteja acima da liberdade e da vida.
Acompanhe-nos pelo twitter: /chapalevante.
(para baixar esse manifesto, clique aqui)